História do Chocolate - Parte II


Chocolate dos reis e dos guerreiros


Por volta de 1300 d.C, os astecas, guerreiros nômades que vieram do Norte, se instalaram no alto vale do atual México (2 mil metros de altitude) de onde controlavam um imenso império que se estendia até Guatemala.

Mesmo não cultivando o cacaueiro devido ao frio dos altos planaltos, os astecas foram consumidores fanáticos do Chocolate, que era privilégio de algumas castas: só os nobres e guerreiros tinham o direito de se regalar com a luxuosa bebida, chamada por eles de tlaquetzalli (coisa preciosa).
As sementes de cacau valiam tanto que eram usadas como moeda, da mesma forma que a pedras preciosas e as plumas verdes e brilhantes do quetzal (ave sagrada para os astecas e maias), símbolo do deus Quetzalcóatle. Até hoje a ave é símbolo da Guatemala.
Quetzalcóatle, na língua asteca significa "serpente com plumas", era o patrono dos pochtecas, ricos e nobres comerciantes que festejavam as expedições comerciais com banquetes regados a muito chocolate.

No ínicio do século XVI, à mesa de Montezuma II (último imperador dos astecas), a refeição terminava com a cabaça de chocolatl, uma bebida a base de sementes de cacau, aromatizada com baunilha, flores e sementes de urucum, pimenta, às vezes mel ou ainda cogumelos alucinógenos, à moda de uma verdadeira poção.

Apreciado sobretudo pela espuma que se obtinha ao jogar o líquido do alto, o chocolatl era degustado sempre seguido de um charuto cuidadosamente enrolado, em um ritual cercado de requintes.

Foi assim que Cortés, antigo companheiro de Cristóvão Colombo, teve sua primeira experiência com "as bolhas cremosas de chocolate, ao conquistar o México, em 1519.


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